Assim como são necessários um certo número de sintomas para caracterizarmos que uma pessoa tem um Déficit de Atenção, da mesma maneira é necessário encontrar uma quantidade e intensidade de sintomas específicos para confirmar que alguém tem Hiperatividade.
O DSM V descreve uma lista de 9 sintomas e requer que ao menos 6 deles estejam presentes para diagnosticarmos a hiperatividade. Esses sintomas são decorrentes de hiperatividade e impulsividade e embora sejam mais frequentes nos meninos, existem meninas hiperativas também.
É importante notar que os sintomas devem durar no mínimo seis meses e causarem um impacto significativo em pelo menos dois ambientes da vida. Convém lembrar que quando os meninos chegam na puberdade, a inquietação motora pode diminuir mas internamente continuam agitados.
Vejamos os sintomas do DSM V:
- Frequentemente remexe ou batuca com as mãos ou se contorce na cadeira.
- Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado.
- Frequentemente corre ou sobe em locais inapropriados.
- Com frequencia é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer de forma calma.
- Com frequência não pára ou parace que está ligado em um motor.
- Frequentemente fala demais (especialmente em ocasiões sociais).
- Frequentemente deixa escapar a resposta antes que a pergunta tenha sido completada ou termina as frases das pessoas antes que elas concluam o que estão dizendo.
- Frequentemente tem dificuldade de esperar sua vez.
- Frequentemente interrompe ou se intromete em conversas, jogos ou quando alguém está ao telefone, por exemplo.
Não consideramos TDAH se os sintomas tiverem aparecido depois dos 12 anos. Até o DSM IV, a idade máxima aceita para o início era os 7 anos. Claro, sempre pesquisamos se existe algo que cause a inquietude, desde uso de drogas lícitas ou ilícitas, outros problemas psiquiátricos e distúrbios orgânicos. Um hipertireoidismo pode levar a uma hiperatividade, assim como outras alterações neurológicas, incluindo akatisia, Gilles de La Tourette etc.
O diagnóstico deve ser feito por um médico especialista e não há exames psicológicos, pedagógicos, de sangue ou de imagem que possam confirmar o problema. Quando algum desses levantar a suspeita, consulte um neurologista ou psiquiatra.